Da Redação
Em ligação com Xi Jinping, Lula anuncia ampliar a parceria estratégica com a China, incluindo setores como saúde, energia, tecnologia e meio ambiente. A conversa também abordou paz na Ucrânia, BRICS, COP 30 e multilateralismo global.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou nesta terça-feira (12 de agosto de 2025) que manteve uma longa conversa por telefone com o presidente chinês Xi Jinping na noite de segunda-feira (11). Durante cerca de uma hora, os dois líderes trocaram impressões sobre a conjuntura internacional, em especial os esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia, além do papel central do G20 e do BRICS na defesa do multilateralismo global.
Lula destacou a relevância da China para o sucesso da COP 30, que ocorrerá em Belém, e confirmou que Xi Jinping enviará uma delegação de alto nível para a conferência climática, ressaltando sua importância no combate às mudanças climáticas.
No âmbito econômico e tecnológico, Lula anunciou que Brasil e China se comprometeram a ampliar a cooperação em setores estratégicos como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites. O objetivo é fortalecer sinergias entre os programas de desenvolvimento dos dois países e buscar novas oportunidades de negócios.
Do lado chinês, Xi Jinping enfatizou que a cooperação com o Brasil vive o melhor momento da história e demonstrou disposição em estabelecer uma parceria exemplificada pela “unidade e autossuficiência” dos países do Sul Global. Ele também reafirmou o apoio à soberania brasileira e a mobilização contra o unilateralismo e o protecionismo internacional.
Esse reforço diplomático e estratégico com a China ocorre em meio às tensões comerciais com os EUA, marcadas pelo recente “tarifaço”. Para o Brasil, o fortalecimento da aliança com o gigante asiático representa uma forma de diversificar parcerias, consolidar a influência do país no Sul Global e responder a desafios geopolíticos de forma mais autônoma e cooperativa.
