Atitude Popular

China condena interferência dos EUA na Venezuela e invoca a Carta da ONU

Da Redação

Em comunicado, a embaixada chinesa em Caracas reforçou que se opõe “a qualquer ato que viole os propósitos e princípios da Carta da ONU” e exigiu que os EUA interrompam suas sanções unilaterais e ameaças militares contra a Venezuela, enfatizando o respeito à soberania nacional.

a embaixada da China em Caracas divulgou comunicado oficial reafirmando sua oposição às sanções unilaterais e ações militares dos Estados Unidos contra a Venezuela. De acordo com o porta-voz da chancelaria chinesa, Guo Jiakun, Pequim condena “qualquer ato que viole os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas” e “atente contra a soberania e segurança” de outros países.

A diplomacia chinesa denunciou o uso da chamada “jurisdição de braço longo” — aplicação extraterritorial de sanções financeiras — como meio ilegítimo de interferência nos assuntos internos venezuelanos. O Brasil, por sua vez, já havia se posicionado contra sanções automáticas, enfatizando que qualquer medida dessa natureza precisa de chancela judicial interna.

Além disso, a porta-voz Mao Ning também criticou a militarização da região, pontuando que a presença de navios e tropas norte-americanas no Caribe “desrespeita os princípios da ONU” e prejudica a estabilidade na América Latina. Ela pediu que os EUA passem a adotar atitudes mais construtivas que promovam paz e segurança no conjunto da América Latina e do Caribe.

O tom da mensagem reflete a consolidação diplomática entre a Venezuela e a China — reconhecida como parceira estratégica de Caracas. O Estado venezuelano, por meio do chanceler Yván Gil, expressou “profunda gratidão” ao posicionamento chinês, destacando que a declaração reafirma uma “amizade inabalável” e o direito à autodeterminação.