Da Redação
Análise da revista Foreign Affairs revela que entre 5% e 10% da população de Gaza pereceu na guerra, enquanto esforços pela paz e solidariedade internacional permanecem insuficientes.
Até o final de julho de 2025, estimativas do Foreign Affairs indicaram que entre 5% e 10% da população pré-guerra de Gaza morreu como consequência direta dos combates — uma tragédia de proporções históricas. O site qualifica a devastação como sem paralelo, com impactos demográficos, sociais e civis profundos.
Desde o início do conflito, a Famine Map das Nações Unidas confirma que Gaza enfrenta fome em nível de emergência e colapso do sistema de saúde. A combinação de bombardeios, bloqueios prolongados e destruição de infraestrutura levou à morte de milhares por inanição e falta de cuidados médicos.
O The Guardian denunciou a fome sistemática, com dezenas de crianças exibindo sinais claros de desnutrição severa, demonstrando que a crise não é resultado isolado da guerra, mas de uma estratégia deliberada de bloqueio à ajuda humanitária.
Por sua vez, Vox criticou duramente as políticas israelenses, julgando-as moralmente indignas e estrategicamente equivocadas. O artigo destaca que o bloqueio não fraca o Hamas — antes, fortalece organizações rivais e agrava o sofrimento civil, provocando isolamento diplomático de Israel.
A destruição de Gaza é abrangente: mais de 70% dos edifícios foram danificados ou arrasados, e 37 milhões de toneladas de destroços acumulam-se no território. O custo estimado de reconstrução ultrapassa US$ 40 bilhões, sem contar a devastação ambiental e cultural.
Falta de água potável, colapso sanitário, hospitais e escolas transformados em ruínas: Gaza vive sua pior crise desde o século passado. Enquanto isso, apelos globais pedindo cessar-fogo, ajuda imediata e responsabilização crescem — mas permanecem insuficientes diante da gravidade dos fatos.