Da Redação
A Casa Branca, alinhada a Trump, publicou mensagem insinuando sanções contra o ministro Alexandre de Moraes e outros que, segundo o Estado americano, teriam “minado liberdades fundamentais” — um novo episódio de escalada diplomática às vésperas do julgamento da trama golpista.
Na véspera do julgamento de Jair Bolsonaro pela trama golpista, o governo Trump agravou a crise diplomática com o Brasil. Em uma mensagem divulgada nesta segunda-feira (8), o Escritório de Diplomacia Pública dos Estados Unidos afirmou que “em nome do ministro Alexandre de Moraes e daqueles cujas abusos de autoridade minaram liberdades fundamentais, continuaremos a tomar as medidas cabíveis”.
A declaração claramente sugere retaliações direcionadas ao ministro do STF e, possivelmente, ao Estado brasileiro, numa flagrante tentativa de pressão sobre o Judiciário brasileiro. O julgamento começará na terça-feira (9), com grande repercussão política e institucional.
Essa não é a primeira vez que Trump ou seu governo atingem Moraes diretamente: o ministro já foi alvo de sanções sob a Lei Magnitsky, suspensão de vistos e até críticas formais por limitarem direitos fundamentais, conforme relatórios do Departamento de Estado.
O episódio intensifica ainda mais o clima de tensão entre Brasil e Estados Unidos, rescaldo de tarifas elevadas, ações diplomáticas agressivas e acusações mútuas sobre interferência política totalizando o que muitos especialistas chamam de “o pior momento das relações bilaterais em dois séculos”.