Da Redação
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) prepara esquema reforçado para proteger o presidente Lula durante o desfile de Independência: drones, contra-snipers, revista antibomba e 200 agentes de prontidão marcam as medidas.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) reforçou o protocolo de proteção para o desfile de 7 de setembro em Brasília ao ativar o chamado “Plano Escudo”. A motivação é a confluência de dois elementos críticos: a realização do tradicional evento cívico-militar e o julgamento da trama golpista em curso no Supremo Tribunal Federal.
Desde a última terça-feira, cerca de 200 agentes adicionais — além dos efetivos regulares — mantêm-se em prontidão nas proximidades do Palácio do Planalto. Esse dispositivo extra permanecerá ativo até a finalização das sessões do julgamento, refletindo a sensibilidade do momento político.
Entre as medidas, destacam-se o uso de drones e equipamentos anti-drones capazes de neutralizar dispositivos não identificados. Também foi reforçado o monitoramento por “contra-snipers”, programado para vigiar possíveis ações de atiradores da Esplanada dos Ministérios.
A tribuna presidencial, onde estarão presentes Lula, ministros e autoridades dos três Poderes, passará por revista antibomba e química já no sábado. O local permanecerá sob guarda contínua até o início do desfile, previsto para as 9h, com duração estimada em duas horas.
Dois eventos foram mapeados pelo GSI: uma manifestação em apoio a Jair Bolsonaro e outra favorável ao presidente Lula. Para o governo, o nível de alerta permanece no “nível amarelo”, o mais baixo da escala, mas que ainda exige cuidados redobrados.
O tema do desfile — “Brasil Soberano” — ganha ainda mais significado diante do cenário institucional atual. O protocolo de segurança foi estabelecido em conjunto pelo GSI, o Comando Militar do Planalto e a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, com base nas lições deixadas pelo ataque de 8 de janeiro de 2023.
