Da Redação
O Itamaraty considerou “inaceitáveis” as ofensas do ministro da Defesa de Israel contra o presidente Lula e cobrou investigação sobre o ataque ao hospital em Gaza que vitimou jornalistas e outros civis.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou profundo reprovo às declarações proferidas pelo ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que tratou o presidente Lula como antissemita e “marionete do Irã”. A nota oficial classificou as acusações como “ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis” e cobrou “responsabilização” em vez de agressões verbais.
O comunicado destacou que o país sudeste-asiático encontra-se sob investigação na Corte Internacional de Justiça por possível violação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. O Itamaraty assinalou, ainda, que como ministro da Defesa, é obrigação de Israel Katz garantir que seu país atue para prevenir e impedir qualquer prática de genocídio contra a população palestina.
Além disso, o órgão exigiu a instauração de investigação sobre o ataque ao hospital Nasser, em Gaza, que deixou dezenas de mortos — entre civis, jornalistas e trabalhadores humanitários — sublinhando que instituições de saúde são protegidas pelo Direito Internacional Humanitário e seu ataque pode configurar crime de guerra.
