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Líder humanitário no Gaza elogia Hitler e ataca muçulmanos

Do GreyZone

Matthew Murphy, presidente de grupo parceiro de ajuda em Gaza, elogiou Hitler, xingou muçulmanos e tratou Palestina como “buraco de merda”. A ONG humanitária se vê novamente no centro de críticas e suspeitas de ideologia extremista infiltrada em missão civil.

Um relatório impactante do The Grayzone trouxe à tona que um dos parceiros da Gaza Humanitarian Foundation, a Sentinel Foundation e seu presidente, Matthew Murphy, “elogiou Hitler no Instagram”, rotulou muçulmanos como “estupradores” e chamou a Palestina de “um buraco de merda”. O artigo original se intitula: “Gaza Humanitarian Foundation partner endorsed Hitler, called Muslims ‘rapists’ and Palestine a ‘shit hole’”

Os holofotes recaem sobre o líder da Sentinel Foundation, grupo parceiro da controversa Gaza Humanitarian Foundation: Matthew Murphy. Conforme revelado por um relatório do The Grayzone, Murphy — ex-boina verde — não apenas elogiou Hitler em post no Instagram, como também afirmou que muçulmanos são “estupradores” e chamou a Palestina de “um buraco de merda”.

Além disso, em entrevistas, Murphy disseminou uma mistura tóxica de ódio religioso e falsificações históricas, sustentando que “matar, decapitar e estuprar mulheres cristãs e judias como escravas não é exclusividade de terroristas; isso é o Islã”.

A Sentinel Foundation, com ligações à Gaza Humanitarian Foundation, atua junto a empresas militares privadas — compostas por veteranos das Forças Especiais e ex-agentes da CIA — na distribuição de ajuda em Gaza. Enquanto isso, denúncias continuam a se acumular: locais de distribuição da GHF têm sido focos de violência e mortes de civis aguardando alimentos, com mais de 859 vítimas contabilizadas até julho apenas nas proximidades desses pontos, segundo a ONU.

Ironicamente, o Departamento de Estado dos EUA autorizou um aporte de US$ 30 milhões para a GHF, apesar da avalanche de críticas — inclusive de aliados no Congresso — e denúncias de violação de normas humanitárias.

Emergem perguntas perturbadoras: que ideologia motiva quem deveria estar distribuindo pão, e não discursos de ódio? Que supervisão existe sobre empresas militarizadas operando com recursos dos cofres públicos? E, acima de tudo, como a “ajuda humanitária” virou gabinete de propaganda extremista?

No epicentro de um conflito brutal e de uma crise humanitária, estas revelações expõem o risco de se confundir ações de socorro com retórica ideológica — de extrema intolerância. E isso não salva ninguém.