Da Redação
Uma semana após a ocupação do plenário por bolsonaristas, a oposição intensifica pressão sobre Hugo Motta para pautar o fim do foro privilegiado e o PL da Anistia; Motta nega compromisso prévio.
Uma semana depois da ocupação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados por parlamentares bolsonaristas, em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, os líderes partidários se reúnem nesta terça-feira, 12 de agosto de 2025, com o presidente da Casa, Hugo Motta, sob forte pressão da oposição. O objetivo é acelerar a votação das pautas defendidas pelos aliados do ex-presidente, especialmente a Proposta de Emenda à Constituição que extingue o foro privilegiado e o Projeto de Lei da Anistia. A mobilização ocorre após o impasse e a paralisação das atividades legislativas na retomada do calendário depois do recesso.
Nos bastidores, aliados de Hugo Motta admitem que a proposta sobre o fim do foro privilegiado tem mais chances de avançar, mas reconhecem que o PL da Anistia enfrenta maior resistência, inclusive dentro do próprio Congresso, por tratar de temas simbólicos e profundamente divisivos.
Apesar da pressão, Motta negou a existência de qualquer acordo com lideranças oposicionistas, classificando essa versão como uma “narrativa” e reafirmando que somente matérias com apoio da maioria da Câmara serão pautadas.
Enquanto isso, a base governista pretende avançar com suas próprias prioridades, como a reforma do imposto de renda, e reforçar a defesa de punições aos parlamentares que participaram da ocupação do plenário. A intenção é reafirmar o compromisso com as instituições e o respeito às normas democráticas.