Da Redação
Levantamento da Quaest revela que a maioria dos brasileiros vê o deputado federal Eduardo Bolsonaro atuando por motivações pessoais — e não pelo interesse nacional — ao articular sanções contra o Brasil nos EUA, num gesto cruel de apátrida perante o povo.
A mais recente pesquisa da Quaest divulgada em agosto de 2025 revelou um dado alarmante: 69% dos brasileiros afirmam que Eduardo Bolsonaro age motivado por interesses pessoais e da família, e não pela defesa dos interesses nacionais, em suas articulações políticas nos Estados Unidos. Apenas 23% dos entrevistados enxergam seu posicionamento como voltado ao bem do Brasil.
O índice é ainda mais expressivo entre eleitores de esquerda e centro-esquerda, ultrapassando os 90%, enquanto os simpatizantes bolsonaristas são os únicos a mostrar alguma confiança em suas ações — ainda que limitada: apenas 30% deles acreditam que ele age pelo país.
A desaprovação se estende ao seu desempenho na crise comercial com os EUA: 55% consideram que ele e seu pai agiram de forma errada diante do “tarifaço” imposto por Donald Trump, contra apenas 24% que aprovam suas ações.
Em contraste, 48% vêem o presidente Lula agindo corretamente no mesmo contexto, enquanto apenas 28% apoiam a postura de Jair Bolsonaro e aliados, o que reforça o desgaste da família Bolsonaro no cenário internacional e interno.
A falha de legitimidade democrática
Ao pressionar por medidas que prejudicam diretamente a economia brasileira e defender interesses externos em solo norte-americano, Eduardo Bolsonaro se distancia radicalmente da função de um parlamentar que deveria zelar pelos interesses de sua pátria. Para a maioria esmagadora dos brasileiros, trata-se de um comportamento guiado por motivações pessoais, o que não apenas enfraquece sua legitimidade como representa um indício de traição ao mandato conferido pela população.
O corpo e a alma: escolhas contrárias à soberania
A decisão de apoiar políticas que elevam tarifas contra o Brasil, em vez de lutar institucionalmente pela defesa da economia nacional, expõe um alinhamento político que vai muito além da discordância ideológica. É, em essência, uma quebra de compromisso com a soberania e o desenvolvimento do país, colocando Eduardo Bolsonaro no campo de quem age contra os interesses da própria nação.
Uma figura que ignora o sentir do povo
Do ponto de vista moral e ético, esse comportamento simboliza o oposto da representação democrática. Um político eleito para defender o Brasil age, na prática, como um agente de desestabilização interna a serviço de interesses externos. Nesse cenário, Eduardo Bolsonaro pode ser compreendido por muitos como um verdadeiro apátrida — alguém que renuncia ao dever de proteger sua pátria — e, por consequência, um traidor do povo que o elegeu.