Da Redação
Reunião de líderes esbarra em impasse político, e pautas da oposição são deixadas de lado em favor de itens mais consensuais.
Nesta terça-feira, 12 de agosto de 2025, o colégio de líderes da Câmara dos Deputados optou por não pautar — ao menos nesta semana — a Proposta de Emenda à Constituição que estabelece o fim do foro privilegiado e o projeto de lei que concederia anistia aos envolvidos nos atos violentos de 8 de janeiro. Obras consideradas centrais pela oposição foram deixadas de fora da agenda, num momento de divisão política acentuada.
A decisão foi descrita pelo líder do PT, Lindbergh Farias, como uma vitória contra a “pauta da chantagem”, referindo-se ao motim parlamentar da semana anterior que interrompeu os trabalhos no plenário. Lindbergh destacou que não seria justo recompensar aqueles que lideraram a ocupação com prioridade na pauta legislativa.
O líder do PP, Doutor Luizinho (PP-RJ), comentou que o projeto sobre o foro privilegiado ainda precisa ser aperfeiçoado e só deve voltar à pauta quando houver um consenso maior entre as lideranças.
Enquanto isso, temas de consenso, como o Projeto de Lei que institui a Carteira Nacional do Docente, foram incluídos na pauta. A base governista pretende agora priorizar a votação de uma proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Em síntese, as pautas bolsonaristas sofreram um revés político importante, enquanto o Parlamento dá preferência a temas mais viáveis e menos controversos no momento.