Atitude Popular

Carlos Bolsonaro ataca governadores e retoma narrativa de vitimização do bolsonarismo

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) publicou neste sábado (17) uma mensagem nas redes sociais em que dispara ataques contra governadores e retoma a narrativa de vitimização usada frequentemente por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na postagem, Carlos ironiza os chamados “governadores democráticos” e afirma que, ao contrário do que tentam aparentar, eles seriam responsáveis por sufocar a oposição. “Tentei, até agora, ser a pessoa mais paciente possível diante desses chamados ‘governadores democráticos’. Mas os fatos, todos os dias, me provam que não há como levar nenhum desses sujeitos a sério”, escreveu.

O vereador afirma que o bolsonarismo estaria sendo “lentamente assassinado”, citando o estado de saúde de aliados próximos como Daniel Silveira, além da morte de Clezão, segurança ligado ao grupo político. “Enquanto Jair Bolsonaro está preso, doente e sendo lentamente assassinado a cada dia que passa, Clezão está morto, Silveira à beira do colapso, Filipe Martins torturado diariamente…”, disse, em tom dramático.

Carlos acusa governadores de oportunismo e covardia política: “É isso: desumano, sujo, oportunista e canalha. Não existe outra forma de qualificar tais atitudes”. Para ele, os adversários buscam apenas “o prestígio da imprensa” e não teriam compromissos reais com a democracia.

Em um trecho destacado da publicação, o vereador reforça o discurso de confronto:

“A verdade é dura: todos vocês se comportam como ratos, sacrificam o povo e não são em nada diferentes dos petistas que dizem combater. Enquanto se gritar ‘Fora PT’, mas não enfrentarem de coração, nunca haverá mudança.”

Ao final, Carlos Bolsonaro afirma que sua fala é um desabafo de “um brasileiro que sente vergonha daquilo que vocês tentam representar”.

A postagem repercutiu entre apoiadores do clã Bolsonaro, que veem na retórica do vereador uma forma de manter vivo o discurso de perseguição contra o ex-presidente e seus aliados. Já críticos apontam que a narrativa não passa de estratégia para mobilizar a base radical em meio ao cerco judicial enfrentado pelo ex-presidente.