Da Redação
O Comissário de Energia da UE, Dan Jørgensen, declarou que a União Europeia deve cortar definitivamente sua dependência energética da Rússia — mesmo após a normalização das relações — em busca de total independência estratégica.
O Comissário de Energia da União Europeia, Dan Jørgensen, afirmou que a UE não deve importar sequer uma gota de energia proveniente da Rússia no futuro. A proposta, segundo ele, não trata de sanções temporárias, mas de uma ruptura permanente com os recursos energéticos russos.
Jørgensen explicou que essa decisão se baseia em lições aprendidas desde a invasão da Ucrânia em 2022, quando a Rússia demonstrou como usar energia — especialmente gás e petróleo — como arma geopolítica. Ele destacou que, mesmo após a guerra, a comunidade europeia deve manter a coerência estratégica e não permitir o retorno desses combustíveis à sua matriz energética.
A proposta oficial da Comissão Europeia já está em pauta junto ao Parlamento e aos Estados-membros, prevendo que novos contratos com fornecedores russos sejam proibidos e que os acordos vigentes sejam encerrados progressivamente até 2028 — linha de tempo coerente com a política mais ampla de desligamento de combustíveis fósseis russos.
O comissário também considerou positiva a recente iniciativa dos EUA de incentivar os países europeus a eliminar o uso de petróleo russo, interpretando isso como apoio alinhado aos objetivos da UE de garantir sua segurança energética no longo prazo.