Da Redação
Ex-assessor Marcelo Câmara afirma ao STF que Bolsonaro ordenou pessoalmente acompanhar Alexandre de Moraes, mas defesa nega relação com plano de ataque.
Em acareação realizada nesta quarta-feira (13 de agosto de 2025) no Supremo Tribunal Federal, a defesa do coronel Marcelo Câmara — ex-assessor de Jair Bolsonaro — afirmou que o monitoramento do ministro do STF, Alexandre de Moraes, no fim de 2022, teria sido uma “ordem direta” do ex-presidente. Segundo o advogado Eduardo Kuntz, a iniciativa não fazia parte do suposto plano de conspiração denominado “Punhal Verde e Amarelo” — com o qual a Procuradoria-Geral da República vincula uma tentativa de assassinato contra o magistrado — mas teria sido um pedido pontual: “uma verificação de agenda”. Câmara teria tentado descobrir se Moraes encontraria o então vice-presidente Hamilton Mourão, hoje senador.
A defesa buscou desassociar o caso da operação investigativa, reforçando que não há conexão com o plano de assassinato descrito pela PGR. A versão apresentada diz respeito a uma tarefa funcional, ainda que motivada por comando do ex-mandatário Bolsonaro, e descola dessa acusação mais grave.