Da RT
Valerie Zink, fotojornalista canadense da Reuters, renunciou após oito anos, acusando a agência de “justificar e viabilizar” a morte de jornalistas em Gaza e de propagar propaganda pró-Israel.
Valerie Zink, fotojornalista canadense que colaborava com a Reuters há oito anos como correspondente freelance, anunciou sua demissão em redes sociais, afirmando que se tornara impossível manter uma relação com a agência diante do que chamou de “traição aos jornalistas” na cobertura da guerra em Gaza.
Zink acusou a Reuters de amplificar narrativas israelenses— em particular, ao repercutir sem críticas a acusação de que o jornalista Anas al-Sharif, morto em junho, agiria como “operativo do Hamas”. Ela caracterizou a agência como cúmplice da “assassinato sistemático de 245 jornalistas” na região e criticou sua postura editorial como permissiva à propaganda oficial.
Em suas declarações, enfatizou que, apesar de valorizar o trabalho que realizou ao longo dos anos, não conseguia mais usar o crachá com “outra coisa senão profundo pesar e vergonha”. Reafirmou seu compromisso com a liberdade de imprensa e disse que, daqui em diante, direcionaria seus esforços à defesa dos colegas de Gaza — jornalistas que, segundo ela, atuam sob riscos extremos.