Atitude Popular

Hora de virar o jogo

O povo nas ruas pela soberania

A extrema-direita ameaça retomar as ruas — só a mobilização popular pode garantir a prisão de Bolsonaro, a soberania nacional e o futuro da democracia.

Da Redação 

A guerra híbrida avança. Bolsonaro será preso ou reabilitado. Não há meio-termo. A história exige coragem: é hora de ocupar as ruas, exigir justiça e derrotar a máquina de desinformação que ainda ameaça o Brasil.

Não há mais tempo para hesitação. O campo progressista e democrático precisa entender, com toda a clareza, que estamos novamente diante de um ponto de inflexão histórico. O bolsonarismo, mesmo sob o peso de provas esmagadoras, não recua. Pelo contrário: reorganiza-se, mobiliza-se e ameaça retomar as ruas como instrumento de guerra psicológica, simbólica e política.

Bolsonaro não será preso pela força de relatórios técnicos. Ele só será condenado se a correlação de forças permitir. A história brasileira já mostrou — de Vargas a Dilma — que decisões jurídicas, por mais embasadas que sejam, não sobrevivem sem respaldo social. A extrema-direita sabe disso. Por isso, volta a testar os limites do sistema, flertando com o caos, mobilizando fanáticos e tentando reconstruir a narrativa do “perseguido político”. É a cartilha da guerra híbrida em sua forma mais pura: transformar o criminoso em mártir, o golpe em protesto e a verdade em fake news.

A ausência das forças democráticas nas ruas, neste momento decisivo, é um risco existencial. A disputa não é apenas jurídica — é moral, simbólica, geopolítica. Bolsonaro foi o eixo de um projeto de submissão nacional: entreguismo, destruição das políticas públicas, captura das instituições e alinhamento absoluto com interesses estrangeiros. Sua prisão não é uma questão de vingança — é uma questão de soberania.

Não se trata de repetir jornadas passadas. Trata-se de reinventar a mobilização popular em tempos de guerra informacional. A esquerda precisa abandonar o imobilismo institucional e compreender que, sem povo nas ruas, a extrema-direita volta a se legitimar, a desestabilizar e a se fortalecer. Cada dia em que o silêncio impera é um dia em que o bolsonarismo avança no imaginário coletivo.

É urgente, é estratégico, é necessário: atos públicos, mobilizações culturais, pressão internacional, ocupação simbólica e material das redes e das ruas. Não se trata apenas de prender Bolsonaro. Trata-se de reconquistar a narrativa. De dizer ao país e ao mundo que o Brasil não tolera mais golpes, sabotagens e traidores.

Não basta vencer nas urnas. É preciso consolidar essa vitória na memória histórica, na justiça concreta e na presença popular. Ou fazemos isso agora — ou correremos o risco de vê-los reescrever a história mais uma vez.

O momento é agora. Ou o povo ocupa as ruas — ou a mentira ocupará o futuro.