Da Redação
Durante reunião ministerial, Lula cobrou postura mais agressiva de ministros do Centrão, lamentou a condução da CPI do INSS e evocou discurso de Getúlio Vargas em defesa da soberania nacional.
Em reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras cobranças aos ministros, especialmente os indicados por partidos do Centrão. Ele expressou incômodo com o comportamento discreto de André Fufuca (PP-Esporte) e Celso Sabino (União-Turismo), que permaneceram calados durante críticas ao governo em um evento recente da federação PP e União Brasil.
Lula também dirigiu-se ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), pedindo maior atuação política no Congresso e criticando duramente a CPI do INSS, considerada por ele “um grande erro”, em razão da oposição ter assumido a presidência e a relatoria do colegiado — uma derrota simbólica e estratégica para o governo.
Em tom conciliador, fez aceno a Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos indicado pelo Republicanos: apesar de ser aliado de Tarcísio de Freitas, potencial adversário em 2026, Lula afirmou que “será bem-vindo” ao governo, desde que alinhado às pautas da gestão.
Para reforçar valores republicanos e a necessidade de mobilização, Lula leu trechos de uma entrevista de Getúlio Vargas da década de 1950, na qual o ex-presidente defendia a soberania nacional e apresentava uma crítica social sobre a repartição de renda — citando que o rico deveria ceder ao pobre. A lembrança histórica serviu como mensagem simbólica de união e coragem na defesa do país.