Da Redação
Federação formada por União Brasil e Progressistas (PP) decidiu que seus filiados devem deixar os cargos no Executivo federal — inclusive os ministérios do Esporte e do Turismo — no prazo de 30 dias, em um movimento que marca o rompimento com o governo Lula.
Nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, a federação União Brasil–PP (União Progressista) formalizou o desembarque da base aliada do governo Lula. A decisão determina que todos os filiados que ocupam cargos no governo federal, incluindo ministérios, devem renunciar às funções no prazo máximo de 30 dias. O descumprimento acarretará consequências disciplinares, que podem incluir afastamento e até expulsão, conforme o estatuto da federação.
Entre os efeitos imediatos, os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), respectivamente do PP e do União Brasil, deverão deixar seus postos. A medida, segundo dirigentes da federação, representa um gesto de “clareza e coerência”, alinhado à necessidade de reorientação política dos partidos.
Fontes governistas avaliam que, se o “desembarque” ocorrer, a federação deve renunciar também a posições estratégicas de segundo escalão. Entre os cargos que podem permanecer estão os do ministro das Comunicações, da Integração Nacional e o presidente da Caixa Econômica Federal — todos indicados por lideranças como Davi Alcolumbre e Arthur Lira.
O anúncio coincide com o andamento do julgamento conhecido como “núcleo 1” da trama golpista no STF, e ocorre em meio a intensificação da pressão política. A federação sinalizou ainda apoio a um projeto de anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro — outro ponto de divergência com o governo.
A saída representa um enfraquecimento numérico da base de sustentação política de Lula no Congresso, que já vinha enfrentando dificuldades para aprovar seus projetos e formar comissões.
