Da Redação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou o resultado do terceiro trimestre de 2025, em que a taxa de desemprego no Brasil fechou em 5,6%, repetindo o menor nível desde que a série histórica da Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi iniciada. O avanço do mercado de trabalho é destacado como reflexo de uma “economia forte, gerando oportunidade e renda para as famílias”.
1. O recorde histórico do emprego
O Brasil encerrou o trimestre de setembro de 2025 com uma taxa de desemprego de 5,6%, o menor índice desde o início da série histórica do IBGE em 2012.
Segundo o governo federal, o marco representa a consolidação de uma trajetória de recuperação econômica iniciada no primeiro ano do atual mandato, com a criação de cerca de 1,7 milhão de empregos formais somente em 2025.
Lula destacou que o resultado é “fruto de uma economia forte, que gera oportunidade e renda para as famílias brasileiras”, e reafirmou que o foco do governo seguirá sendo a inclusão produtiva e a valorização do trabalho.
2. A engrenagem da recuperação
Diversos fatores explicam o desempenho positivo do mercado de trabalho:
- Retomada dos serviços, comércio e construção civil, setores que concentram grande parte da força de trabalho nacional.
- Aumento da formalização, com elevação do número de empregos com carteira assinada.
- Programas de investimento público que dinamizaram o consumo e a renda, como o novo PAC e o crédito voltado a pequenas e médias empresas.
- Estabilidade macroeconômica e inflação controlada, que ampliaram a confiança do consumidor e o poder de compra das famílias.
Esses elementos se combinam com uma política de juros em trajetória de queda e uma gestão fiscal que busca equilibrar responsabilidade e desenvolvimento.
3. A dimensão social do resultado
Para além dos números, o avanço no emprego tem significado concreto:
- Mais famílias saindo da insegurança alimentar e da dependência de auxílios emergenciais.
- Redução da informalidade em regiões metropolitanas e crescimento da renda média dos trabalhadores.
- Ampliação das políticas de igualdade racial e de gênero no mercado de trabalho, que começam a mostrar efeitos graduais, sobretudo em programas de capacitação e empreendedorismo feminino.
Lula tem repetido que o objetivo não é apenas gerar vagas, mas garantir que cada emprego criado tenha dignidade, estabilidade e direitos assegurados.
4. O alerta sobre os desafios estruturais
Mesmo com a melhora, economistas e especialistas em políticas públicas alertam para alguns desafios que permanecem:
- A qualidade das vagas ainda é desigual — parte das novas contratações ocorre em setores de baixa remuneração.
- A informalidade, embora em queda, ainda atinge cerca de um terço da força de trabalho.
- O país precisa avançar na qualificação técnica e tecnológica da mão de obra para sustentar o crescimento em longo prazo.
- As diferenças regionais persistem: o Nordeste e o Norte ainda apresentam taxas mais elevadas de desemprego e menor formalização.
Esses fatores indicam que o Brasil vive um momento de recuperação sólida, mas que ainda demanda uma estratégia nacional de transformação produtiva.
5. Um divisor político e simbólico
O resultado histórico também tem peso político.
Num cenário de instabilidade global e polarização interna, o sucesso das políticas de emprego reforça o discurso de que o Brasil voltou a crescer “de baixo para cima”.
O governo vê nesse indicador uma resposta direta às narrativas de pessimismo econômico e uma confirmação de que o modelo desenvolvimentista e soberano está funcionando.
Ao comemorar o número, Lula afirmou que o desafio agora é “garantir que o crescimento chegue a todos e que o país volte a ser um exemplo de justiça social”.
6. O Brasil no espelho do mundo
Enquanto economias avançadas enfrentam estagnação, o Brasil desponta como exemplo de estabilidade e expansão inclusiva.
A queda do desemprego reforça a imagem do país como protagonista do Sul Global — uma economia que cresce com redistribuição, sem abdicar da responsabilidade fiscal e da soberania nacional.
Com isso, o Brasil se consolida como referência em políticas anticíclicas e de emprego no pós-pandemia, mostrando que é possível combinar crescimento com inclusão social.
Conclusão
O recorde histórico de 5,6% de desemprego é mais do que um número: é o retrato de um país que voltou a se mover.
Mas o desafio não terminou.
O Brasil precisa garantir que o pleno emprego seja acompanhado de pleno direito, e que a prosperidade se converta em projeto de nação.
A economia forte que Lula celebra será duradoura apenas se continuar servindo ao povo — e não ao rentismo.


